OMPI divulga Índice Global de Inovação 2022

Em 29 de setembro de 2022, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO) divulgou o Índice Global de Inovação 2022 (GII). Suíça, Estados Unidos, Suécia, Reino Unido e Holanda são as economias mais inovadoras do mundo, e a China ocupa o 11º lugar. Outras economias emergentes, incluindo Índia e Turquia, também mantiveram seus desempenhos consistentemente fortes, ambas entrando no top 40 pela primeira vez.

O relatório mostra que P&D e outros investimentos que impulsionam as atividades globais de inovação continuarão a florescer em 2021, mas surgiram desafios para traduzir o investimento em inovação em impacto, com os atuais avanços tecnológicos e aplicativos mostrando sinais de desaceleração.

1. Principais conclusões

(1) Os gastos com P&D das principais empresas globais aumentarão quase 10%, para mais de US$ 900 bilhões em 2021, mais do que em 2019 antes da pandemia. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por quatro setores: hardware de TIC e equipamentos elétricos; software e serviços de TIC; produtos farmacêuticos e biotecnologia; e construção e metais industriais.

(2) A taxa de crescimento do investimento global em P&D em 2020 é de 3.3%, o que representa uma desaceleração em relação ao recorde de 6.1% em 2019. As alocações orçamentárias do governo nas economias com os maiores gastos com P&D apresentaram forte crescimento em 2020.

Os orçamentos de P&D do governo para 2021 são uma história diferente: a Coréia do Sul e a Alemanha estão gastando mais, enquanto os EUA e o Japão estão encolhendo.

(3) Os negócios de capital de risco aumentarão 46% em 2021, igualando os níveis durante o boom das pontocom no final dos anos 1990. O crescimento do capital de risco foi mais forte na América Latina e Caribe e na África.

As perspectivas de VC para 2022 são mais claras; política monetária mais apertada e o impacto sobre o investimento em VC desacelerarão o investimento em VC.

2. Classificação GII

No ranking anual das economias mundiais em termos de capacidade de inovação e produção (Tabela 1), o GII mostra que houve algumas mudanças importantes no ranking das 15 primeiras: os Estados Unidos subiram para 2º lugar, a Holanda 2º, Cingapura 7º , Alemanha 8º, China Subiu 1 lugar para 11º, a apenas um passo dos dez primeiros.

O Canadá (15º) está de volta ao top 15 dos inovadores globais. Turquia (37º) e Índia (40º) entraram no top 40 pela primeira vez. Além disso, Vietnã (48º), Irã (53º) e Filipinas (59º) são, de longe, as economias de renda média que mais crescem em termos de desempenho inovador.

Em termos de níveis de desenvolvimento econômico, algumas economias em desenvolvimento superaram as expectativas em termos de inovação, incluindo os recém-chegados Indonésia, Uzbequistão e Paquistão.

Os oito executores de inovação são da África Subsaariana, com Quênia, Ruanda e Moçambique liderando o caminho. Na América Latina e no Caribe, Brasil, Peru e Jamaica superaram o desenvolvimento.

3. Cenário de inovação global

(1) América do Norte

Os EUA subiram para o segundo lugar, enquanto o Canadá voltou a se juntar aos 15 maiores inovadores globais, subindo para o 15º lugar. Dos 81 indicadores GII para 2022, os EUA têm a pontuação global mais alta em 15, incluindo investidores corporativos globais em P&D, investidores de capital de risco, qualidade universitária, qualidade e impacto de publicações científicas e força de ativos intangíveis corporativos.

O Canadá teve a pontuação mais alta em destinatários de capital de risco, joint venture e acordos de alianças estratégicas e gastos com software de computador.

(2) Europa

A Europa continua a ter o maior número de líderes em inovação, com 15 entre as 25 primeiras. Das 39 economias europeias envolvidas, 12 subiram no ranking este ano: Holanda (5), Alemanha (8), Áustria (17), Estônia ( 18), Luxemburgo (19), Malta (21), Itália (28), Espanha (29), Polónia (38), Grécia (44), República da Moldávia (56) e Bósnia e Herzegovina (70).

Pelo 12º ano consecutivo, a Suíça é a número um do mundo em inovação. Ela lidera o mundo em produção de inovação, particularmente em termos de registros de patentes domésticas, gastos com software, manufatura e produção de alta tecnologia e sofisticação de exportação.

A Suécia (3) lidera o mundo em infraestrutura e sofisticação de negócios, ficando em primeiro lugar em indicadores como pesquisadores, gastos com P&D e emprego intensivo em conhecimento.

Depois de entrar no top 10 em 2016, a Alemanha alcançou este ano a classificação mais alta desde 2009, liderando o mundo em termos de investidores corporativos globais em P&D. A Estônia fez progressos significativos e entrou no top 20, liderando o mundo em indicadores como transações de capital de risco, importação de serviços de TIC, criação de novos negócios e desenvolvimento de aplicativos móveis.

(3) Sudeste Asiático, Leste Asiático e Oceania

Duas economias na região do Sudeste Asiático, Leste Asiático e Oceania, Coréia do Sul (6) e Cingapura (7), estão entre os 10 maiores inovadores globais; outras cinco economias estão entre as 25 primeiras, a saber, China (11) e Japão (13). ), Hong Kong (14), Nova Zelândia (24) e Austrália (25). Cingapura, China e Nova Zelândia melhoraram as classificações deste ano.

Para a região como um todo, Vietnã (48), Filipinas (59), Indonésia (75), Camboja (97) e Laos (112) fizeram o maior progresso na última década. Essas economias também lideram em indicadores-chave de inovação.

O Vietnã lidera o mundo em importações de alta tecnologia e as Filipinas lideram o mundo em exportações de alta tecnologia.

A Indonésia deu um salto este ano, alcançando sua melhor classificação desde 2012, liderando o mundo em política e cultura de empreendedorismo, além de fazer progressos significativos em vínculos de inovação e ativos intangíveis, em start-up e financiamento corporativo em larga escala, intangíveis corporativos Indicadores como a força dos ativos tiveram um bom desempenho.

(4) Ásia Central e Meridional

A Índia (40), depois de entrar no top 50 em 2020, ficou em primeiro lugar na região e entrou no top 40 este ano. Irã (53) e Uzbequistão (82) estão logo atrás.

A Índia é líder em inovação no grupo de renda média baixa, continua a liderar o mundo em exportações de serviços de TIC e mantém as primeiras classificações em outros indicadores, incluindo Valor Recebido de Capital de Risco, Financiamento de Negócios em Escala e Inicialização, Produção de Graduação em Ciência e Engenharia, mão de obra crescimento da produtividade e diversificação industrial nacional.

O Irã ocupa o terceiro lugar no grupo de renda média baixa e, pelo segundo ano consecutivo, superou as expectativas quanto ao seu nível de desenvolvimento em inovação, liderando o mundo em indicadores como registros de marcas e graduados em ciências e engenharia.

O Uzbequistão subiu quatro posições no ranking, superando as expectativas de desenvolvimento pela primeira vez em inovação. Sri Lanka (85), Paquistão (87) e Bangladesh (102) melhoraram significativamente este ano. No entanto, apenas a classificação do Paquistão permaneceu estável ao longo do tempo.

(5) Norte da África e Ásia Ocidental

Israel (16), Chipre (27) e Emirados Árabes Unidos (31) são líderes na região em termos de inovação.

Israel tem sido um líder em inovação nos últimos 15 anos, em negócios de capital de risco, funcionárias com diplomas avançados, pedidos de patentes internacionais arquivados por meio do Tratado de Cooperação de Patentes da OMPI (PCT) por unidade do PIB, exportações de serviços de TIC no comércio total Em termos de proporção, eles estão muito à frente.

Os Emirados Árabes Unidos estão caminhando para o top 30, continuando entre os cinco primeiros em número de pesquisadores corporativos e P&D financiados pelo setor privado. A Turquia (37) entrou no top 40, ocupando o 4º lugar globalmente em ativos intangíveis e mostrando claras vantagens em desenhos industriais, registros de marcas e densidade de ativos intangíveis corporativos.

Dez outras economias da região também subiram no ranking, incluindo melhorias notáveis ​​na Arábia Saudita (51), Catar (52), Kuwait (62), Marrocos (67) e Bahrein (72).

(6) América Latina e Caribe

O Chile (50º) é o único país latino-americano a figurar entre os 50 primeiros, ocupando o primeiro lugar na região, seguido pelo Brasil (54º) e México (58º).

O Chile se classifica melhor em matrículas no ensino superior e novos negócios. O Brasil fez um progresso notável na produção de inovação, especialmente em termos de produção criativa, como ativos intangíveis e ideias online, bem como registros de marcas e desenvolvimento de aplicativos móveis.

O México lidera em indicadores como exportações de produtos criativos, importações e exportações de alta tecnologia.

Oito das 18 economias cobertas na região subiram no ranking. Colômbia (63), Peru (65), Argentina (69) e República Dominicana (90) subiram no ranking este ano.

Notavelmente, o Peru lidera o mundo este ano em indicadores como disponibilidade de empréstimos para instituições de microfinanças, graduados em ciência e engenharia e aplicações de modelos de utilidade. Peru, Brasil e Jamaica (76) também superaram as expectativas quanto ao seu nível de desenvolvimento em termos de inovação.

(7) África Subsaariana

A África do Sul (61) ocupou o primeiro lugar na região, seguida por Botswana (86) e Quênia (88). 16 economias da região subiram no ranking do GII. Além das Ilhas Maurício e Botswana, Gana (95), Senegal (99), Zimbábue (107), Etiópia (117) e Angola (127) tiveram melhorias notáveis.

A África do Sul encabeça a lista de capitalização de mercado, enquanto Botsuana tem bom desempenho em indicadores como empréstimos de IMFs e pagamentos de propriedade intelectual. A Namíbia (96) lidera o mundo em gastos com educação e supera de longe a média regional em capital humano e pesquisa.

A África Subsaariana tem o maior número de economias com desempenho superior em inovação (8), com o Quênia detendo o recorde pelo 12º ano consecutivo. Ruanda (105) e Moçambique (123) também tiveram forte desempenho.